- Erro
Sexto dia [20/08/2011]
Saimos do acampamento as 08:35h. e continuamos descendo o rio, passando pela bela residência que há na margem matogrossense e logo após pela fazenda Rebojinho, no lugar conhecido pelo mesmo nome. Ali foi possível observar dois grandes Jacarés, da espécie conhecida na região como Arurá (Jacaré Negro da Amazônia) e que podem atingir mais de 6 metros de comprimento. Os que vimos estavam na faixa de 3,5 a 4,5m.
Bem mais abaixo, paramos na aldeia Mirindiba, de etnia Karajá, onde fomos recebidos pelo chefe Paulo, com o qual José Olegário manteve um cordial contato. A Aldeia, fundada em 1977 com 78 pessoas, hoje conta com apenas pouco mais de dez habitantes fixos.
Segundo o chefe Paulo, os jovens estudam em uma escolinha na própria aldeia e logo vão embora para a cidade próxima, São Miguel do Araguaia, de onde retornam pouco a vida do aldeamento. Este parece ser um problema recorrente e sério, detectado em todos os contatos feitos com indígenas, até aqui. Afeta gravemente a propagação dos usos e costumes aos jovens, com isto comprometendo a manutenção das tradições e a cultura dos povos indígenas.
Logo abaixo da aldeia Karajá Mirindiba, paramos na Pousada Cristal, onde fomos agradavelmente bem recebidos pelo proprietário, Sr.Valdinonda, e sua esposa. Após nos mostrar as surpreendentemente confortáveis instalações da Pousada, Val, como é mais conhecido no Araguaia, nos presenteou com um delicioso almoço, além de facilitar-nos o reabastecimento de cerveja.
Reencetamos viagem e alguns minutos após chegávamos à barra do rio Cristalino com o Araguaia. Local muito procurado por aficcionados no esporte da pesca, notadamente do Tucunaré e famoso no país inteiro. Subimos o Cristalino por algo em torno de um quilômetro e meio e logo após retornamos ao Araguaia e a nosso rumo de viagem.
Atravessamos o furo que vai sair na praia "dos Padres" e prosseguimos, passando pela Fazenda Almeida Prado e chegando ao furo ("cortado") que sai na barreira do Veado. Na entrada do furo, hoje seco, vimos dois belos Cervos
Passamos pela barreira do Veado, atingimos a barreira da Laranjeira e logo depois a entrada do Caracol.
Abaixo do Caracol, quando já procurávamos um local pra acampar, vimos um aldeamento indígena à direita, na margem da ilha do Bananal. Encostamos e fomos recebidos pela Chefe no momento, já que o Capitão da aldeia estava viajando. Também ali foi citado o problema do abandono da aldeia pelos mais jovens, seduzidos pela cultura do "branco".
Acampamos um pouco abaixo. Nessa noite, o Paladini teve sua persistência premiada; pescou uma bela Bargada, que foi reservada para o almoço seguinte.
Veja imagens relativas ao sexto dia da viagem.
Comentários
Boa viagem para todos os tripulantes. Esse caminho no rio Araguaia, já fiz inversamente quando circulei a Ilha do Bananal a 6 anos atras. Fico feliz por voces e sei da suas dificuldades hoje, pois quando passamos estava cheio, pois era no mes de fevereiro no tempo de chuvas........
Com muita expectativa aguardava as primeiras noticias. Em cada parágrafo que leio nesse maravilhoso relato, me dselicio, vivencio e viajo emminhaimaginação, como se estivesse a bordo e também fizesse parte da grandiosa e corajosa "Expedição Amazônia". O lado triste é a constatação real que o nosso "corguinho", como define carinhosametne o Mestre Álvaro Coutinho o ainda majestoso e gigante Rio Araguaia, está assoreado, atacado, vilipendiado em sua alma, massacrado pela mão inimiga do homem, que sempre tira muito dele e sempre devolve quase nada.
Rogo ao Pai do Céu, ao Grande Arquiteto do Universo, o Todo-Poderoso que os acompanhe e seja o escudo e a proteção de nossos arrojados aventureiros.
BOA VIAGEM!!!!!!!!!
Que Ele sempre os acompanhe!
Até a próxima!!!!