Saimos do acampamento as 08:35h. e continuamos descendo o rio, passando pela bela residência que há na margem matogrossense e logo após pela fazenda Rebojinho, no lugar conhecido pelo mesmo nome. Ali foi possível observar dois grandes Jacarés, da espécie conhecida na região como Arurá (Jacaré Negro da Amazônia) e que podem atingir mais de 6 metros de comprimento. Os que vimos estavam na faixa de 3,5 a 4,5m.

Bem mais abaixo, paramos na aldeia Mirindiba, de etnia Karajá, onde fomos recebidos pelo chefe Paulo, com o qual José Olegário manteve um cordial contato. A Aldeia, fundada em 1977 com 78 pessoas, hoje conta com apenas pouco mais de dez habitantes fixos.

Segundo o chefe Paulo, os jovens estudam em uma escolinha na própria aldeia e logo vão embora para a cidade próxima, São Miguel do Araguaia, de onde retornam pouco a vida do aldeamento. Este parece ser um problema recorrente e sério, detectado em todos os contatos feitos com indígenas, até aqui. Afeta gravemente a propagação dos usos e costumes aos jovens, com isto comprometendo a manutenção das tradições e a cultura dos povos indígenas.

Logo abaixo da aldeia Karajá Mirindiba, paramos na Pousada Cristal, onde fomos agradavelmente bem recebidos pelo proprietário, Sr.Valdinonda, e sua esposa. Após nos mostrar as surpreendentemente confortáveis instalações da Pousada, Val, como é mais conhecido no Araguaia, nos presenteou com um delicioso almoço, além de facilitar-nos o reabastecimento de cerveja.

Reencetamos viagem e alguns minutos após chegávamos à barra do rio Cristalino com o Araguaia. Local muito procurado por aficcionados no esporte da pesca, notadamente do Tucunaré e famoso no país inteiro. Subimos o Cristalino por algo em torno de um quilômetro e meio e logo após retornamos ao Araguaia e a nosso rumo de viagem.

Atravessamos o furo que vai sair na praia "dos Padres" e prosseguimos, passando pela Fazenda Almeida Prado e chegando ao furo ("cortado") que sai na barreira do Veado. Na entrada do furo, hoje seco, vimos dois belos Cervos

Passamos pela barreira do Veado, atingimos a barreira da Laranjeira e logo depois a entrada do Caracol.

Abaixo do Caracol, quando já procurávamos um local pra acampar, vimos um aldeamento indígena à direita, na margem da ilha do Bananal. Encostamos e fomos recebidos pela Chefe no momento, já que o Capitão da aldeia estava viajando. Também ali foi citado o problema do abandono da aldeia pelos mais jovens, seduzidos pela cultura do "branco".

Acampamos um pouco abaixo. Nessa noite, o Paladini teve sua persistência premiada; pescou uma bela Bargada, que foi reservada para o almoço seguinte.

 

Veja imagens relativas ao sexto dia da viagem.